Hoje ainda te falta viver?

Hoje ainda te falta viver?

Se respondeste com um suspiro profundo ou com um "sim, mas...", então este artigo é para ti.

Vivemos num mundo onde a vida se mede em produtividade, tarefas riscadas na agenda e número de passos dados por dia (obrigado, smartwatch). Mas será que estamos realmente a viver... ou apenas a sobreviver em modo automático, com a emoção de uma torrada sem manteiga?

Hoje, vamos falar da arte de viver em pleno. Sim, com tudo o que isso implica: rir, chorar, saborear o café sem olhar para o ecrã, e ter conversas que duram mais do que um scroll no Instagram.


1. Acordar para a vida... literalmente

Quantas vezes acordas e começas logo a correr contra o tempo? Acordar em modo alarme-soneca-duche-a-correr-café-em-pé é comum, mas nada consciente. A primeira ferramenta que propomos é simples: criar um ritual matinal.

Exemplo prático:

  • Acorda 15 minutos mais cedo (sem resmungar).
  • Faz alongamentos ou uma respiração consciente.
  • Bebe um copo de água com limão. Finge que estás num spa.
  • Pensa numa coisa que queres sentir nesse dia: Leveza? Gratidão? Curiosidade?

Este momento de consciência muda o teu registo mental: de modo sobrevivência para modo presença.


2. Felicidade não é um destino, é uma distração boa

Esperar para ser feliz quando:

  • terminares aquele projecto;
  • fores promovido;
  • perderes 5kg;
  • a conta bancária estiver decente...

... é o mesmo que guardar o vinho bom para quando vier o Papa. Resultado? Ele nunca vem e o vinho estraga-se.

Ferramenta: pratica o conceito de "momentos micro de alegria".

Exemplo prático:

  • Come chocolate (do bom!) e saboreia sem culpa.
  • Manda uma mensagem fofa a um amigo só porque sim.
  • Dança enquanto cozinhas (mesmo que faças arroz).
  • Veste a camisola que te faz sentir bonito/a mesmo que não saias de casa.

3. A coragem de dizer "sim" e também "não"

Viver em pleno implica escolhas conscientes. Muitas vezes dizemos "sim" para agradar e "não" ao que realmente nos entusiasma. A assertividade é um ato de amor-próprio.

Ferramenta: aplica a técnica dos 5 segundos da Mel Robbins.

Exemplo prático: Estás com medo de dizer "não" ao jantar que não queres ir? Conta até 5 mentalmente e responde com convicção:

  • "Agradeço muito, mas hoje vou priorizar descansar."

Estás com vontade de te inscrever num curso de dança, mas tens vergonha? Conta até 5 e faz a inscrição.


4. Abraça o desconforto (ele é professor, não vilão)

É no desconforto que crescemos. Quando estás em plena zona de conforto, não vives. Repousas. Às vezes, é preciso saltar do trampolim sem saber bem se a água está morna.

Ferramenta: o journaling emocional.

Pergunta-te:

  • O que me está a incomodar?
  • De onde vem este medo?
  • Que parte de mim precisa de apoio agora?

Exemplo prático: escreve 10 minutos por dia sem censura. Vais descobrir padrões e soluções escondidas entre as entrelinhas do teu próprio discurso.


5. Planeia tempo para não fazer nada

Nada. Nicles. Não arrumar, não produzir, não render. O ócio criativo é terreno fértil para ideias, conexões e descanso real.

Ferramenta: agenda um bloco semanal de "tempo para não fazer nada".

Exemplo prático: domingo à tarde. Nada de listas, limpezas ou tarefas pendentes. Põe uma manta no sofá (ou liga o AC ou uma ventoinha se estiver calor), prepara-te uma bebida e fica a olhar para as nuvens (ou a maratonar uma série sem culpa). O mundo continua a girar. Juro.


6. Redefine sucesso

Sucesso não tem de ser igual para todos. Para uns é um emprego estável. Para outros, liberdade total. Para outros ainda, paz mental e café quente.

Ferramenta: cria o teu manifesto de vida plena.

Exemplo prático:

Escreve:

  • Como seria um dia perfeito para ti?
  • Que tipo de emoções queres sentir com mais frequência?
  • Que pessoas queres mais perto?

Põe o manifesto num local visível. Revê-o mensalmente.


7. Vive como se fosses personagem principal (porque és!)

Imagina que a tua vida é um filme. Quem é o herói? Que banda sonora toca nos momentos difíceis? E que cenas de transformação te esperam?

Ferramenta: storytelling pessoal.

Exemplo prático:

Quando te acontecer algo mau, não digas "sou um falhanço". Diz:

  • "Estou num arco de crescimento. A próxima cena vai ser icónica."

Começa a contar a tua história como se estivesses num TEDx.


8. Quando estás disposto a viver, a vida responde

Há algo quase mágico em decidir viver cada momento com intenção. Não só mudas a tua perspetiva, como também passas a atrair pessoas e experiências alinhadas com essa nova energia.

Ferramenta: viver com intenção clara.

Exemplo prático:

  • Começa o teu dia com a pergunta: "Como posso viver com intenção hoje?"
  • Faz escolhas conscientes: do que vestes ao que dizes.

Quando vives com presença, abres espaço para:

  • Novas amizades baseadas em autenticidade.
  • Descobrir formas de amor mais maduras e verdadeiras.
  • Curar feridas de relações antigas, não por esquecimento, mas por transformação.

Viver não é só respirar. É estar disponível para sentir, partilhar e criar ligações reais.


Conclusão: ainda te falta viver... ou já começaste?

Viver em pleno não requer dinheiro, viagens a Bali (se bem que isso também é óptimo) ou ter tudo resolvido. Requer apenas consciência, coragem e um toque de humor. Cada momento pode ser um convite à vida real, aquela que tem sabor, som e cor.

Por isso, a pergunta fica:

Hoje ainda te falta viver... ou já decidiste começar?

Lê mais sobre viver com intencionalidade no blog da ensö academies e partilha este artigo com quem precisa de um lembrete carinhoso (e talvez uma gargalhada).

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